Dia 42/52

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Uma grande viagem se faz de cenários, climas e gostos especiais, é fato, mas nada disso faria sentido se não fossem as vivências que esses elementos nos proporcionam… Notei hoje, numa caminhada entre a estação do metrô e o lindíssimo Parque do Retiro, que meus meninos não somente brincam juntos, saudavelmente alheios à minha existência, como também conversam, batem papo. Vão gastando sola por nossos destinos compridos enquanto trocam uma ideia, debatem alguma coisa que viram, que querem ver, que ouviram alguém falar. Ouvi um papo que passava por “não foi isso que a mamãe quis dizer”, e, em outro momento, “era isso que eu estava te explicando aquela hora”... Senti um clima de experiência na fala do menino, muito vivido que é aos sete anos, e de curiosidade no pequetito, que se posiciona a todo fim de discurso, que pergunta, que concorda e discorda se sentindo parte do mundo. 

Quando chegamos ao parque, o assunto deles era a brincadeira que iriam desenvolver, quais seriam as regras, quem vai ser quem, e o que que está valendo. Não sairam correndo (neste momento), nem me esperaram pra saber pra onde iam… Foram caminhando devagar, lado a lado, reforçando ou reorganizando a dinâmica deles, tentando entender o que o outro dizia e que efeito isso teria no nosso dia. Depois, mais tarde, enquanto enfrentávamos fila pra conhecer o Museu do Prado, pra respirar mais um pouquinho dos ares da arte, pediram licença pra sentar ali no canto, na beirinha do canteiro e prometeram se comportar. “A gente só vai conversar…”