Dia 41/52 - parte 2

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Eu agora vejo arte de rua de um jeito diferente. Isso é (mais uma) coisa que veio junto com a maternidade, veio da vontade de ver ou rever o mundo junto com eles. Antes eu tinha entrado na armadilha da pressa, ou me deixava levar pela distância, pelo hábito, pelo preconceito, “eu nem sei quem são essas pessoas, o que querem”... Não sei exatamente o que pensava. Mas eles, desde bebês observadores e risonhos, adoram ver gente diferente fazendo coisa diferente! Pode ser música, teatro, dança, estátua, mágica, graça! Nesses nossos dias de turista, já tinham deixado isso claro em Roma, morrendo de rir do rosto invisível do cara na avenida, imitando o Michael Jackson da praça, diminuindo o passo pra ouvir a música bonita da moça do metrô. Eles fazem questão de parar, e então paramos sempre que é possível.

Hoje vivemos um dia inteiro de rua, e um dia inteiro de emoções na rua! Eles param e querem ver não só o cara que faz as gigantes bolas de sabão, mas também a moça-estátua que fica pendurada no Predador, o garçom equilibrista que escorregou na casca de banana, a banda tocando uma música típica (opa! Acho que essa aí é típica do México, mas tá valendo), o homem cinza que parece que é um monumento na pedra, a senhora que toca violino ali na esquina. Descobriram que podem, e então querem, dar uma moedinha como sinal de que gostaram, e haja moedinha! Essa foto aí fizemos no meio da tarde, depois de um almoço meio polêmico, muito típico talvez, no Mercado São Miguel. Achamos a Porta do Sol e lá estava o famoso #ratonperez acompanhado, pelo visto, de sua turma toda… 🐀