Dia 37/52

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Saíram de casa, ainda no Brasil, muito interessados em ver a boca da verdade, a Bocca Della Verità, e não é por se tratar de alguma coisa muito grandiosa, mas sim porque temos ali uma boa história. Diz a lenda que a peça de mármore, meio assustadora, meio tristonha, redonda e com a boca aberta, come a mão dos mentirosos. Você vai lá, posa com a mão no buraco, e se não for afeito à verdade, nhac, ela come a sua mão. Quando chegamos, depois de uma corridinha livre, leve solta e meio molhada pelo Circo Maximo, tinha uma fila enorme, estava chovendo, e dava pra ver que nosso “big moment” duraria, no máximo, dois minutos. Não que não se possa ser muito feliz em dois minutos, e que isso não faça valer a pena, mas acaba sendo um desfecho demasiadamente curto pra tanta expectativa. A sorte foi que, como de costume, saímos de casa conversando sobre o que iríamos ver, e a boca me fez a gentileza de inspirar uma “lista de verdades” - as coisas que a gente vai pensar quando estiver lá, com a boca na botija, digo, com a mão na boca. O menino veio primeiro… Uma verdade sobre você: “eu sou especialista em Lego”. Especialista amador, mas sim, ok. Uma verdade sobre seu irmão: “ele brinca de tudo que eu gosto de brincar”. Nota-se. E uma verdade sobre o mundo: “no mundo não existe lado de cima ou lado de baixo, pode ser do jeito que a gente quiser”. Sem comentários. Agora, a vez do pequetito - sobre você: “eu adoro a minha família”. Puro amor! Sobre seu irmão: “ele desenha aranha muito bem”. É mesmo. E uma verdade sobre o mundo: “Roma é legal demais!” (Devo dizer que, feitos todos os cliques, saímos todos com as mãos inteirinhas…)