Dia 15/52

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(Dia 15) Quem visse a cena, dois meninos sentados no banco, pernas no ar, conversa fluindo sem travas nem excessos, pensaria que são amigos de longa data. Mas não é essa a história deste sábado. Avisei de véspera aos meninos que iríamos ao parque logo cedo, e que lá eles iriam conhecer os filhos da amiga da mamãe - um menino e uma pequetita. Não fizeram muitas perguntas, não questionaram muito, e se alegraram quando souberam a idade das crianças. Estamos no mesmo barco, devem ter pensado… Eles já tinham tido a chance de ouvir sobre os novos amigos uma vez ou outra, aqui na tela do meu telefone (oi, Bossa Mãe), mas não tinham muita referência, nunca tinham se visto: foram felizes e animados com a ideia de brincar porque é assim que fazem as crianças, quase sempre. 

Chegamos primeiro, e o pequetito ficou ansioso do meu lado, inquieto, com o puxa-pernas-e-braços-de-adulto típico dele nesses casos, enquanto o menino repetia pra mim que o Ben tinha a mesma idade dele, 7 anos! Identificação sem qualquer complicação… Quando chegaram, se cumprimentaram timidamente, e descobriram que queriam ir ao mesmo lugar: o parquinho. Foram andando devagar os quatro, silêncio, um ou dois mestros de distância… Quanto menos a gente intervir melhor, pensei, enquanto colocava o papo em dia com a minha amiga. Dali, já foi. Subiram o mais alto que puderam, se equilibraram nos murinhos, desenharam na areia, fizeram uma pista de corrida, sentaram pra conversar. Vigiaram os macacos, formaram duplinhas improvisadas, depois um quarteto de novo. Na volta pra casa, o menino me falou sobre as coisas que tinham em comum, me contou admirado que o Ben já terminou o 2° ano, “você viu como a Stella é esperta?”, e depois quis saber quantas horas se gasta dali até São Paulo…