Dia 47/52

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Nosso dia de hoje começou ontem (ou será que o dia de ontem durou até hoje?) e eu vou te contar que cabem muito mais emoções em 20 horas de viagem com duas crianças do que se possa imaginar. É sempre uma surpresa, tem sempre algum pedaço tenso de um jeito que você não previu, e também tem alegrias que a gente não podia supor... Malonas, malinhas, mochila, casacos, “cadê a sua mochilinha, meu filho?”, greve de táxi em Madri, todas as alternativas saturadas, e no metrô tem aquela escadaria, mas é só a gente sair com tempo! No aeroporto são quilômetros de caminhada (por que, meu Deus?) e é nessa hora que o pequetito está “muito cansado”, não quer andar de jeito nenhum, mas se fosse pra ir ali comprar uma rosquinha, né? Sei... Antes de a gente tomar o rumo de casa precisamos fazer uma escala em Roma, e tem mais uma meia maratona com crianças, mas dessa vez fica mais bonito porque nas paredes tem foto de tudo o que vimos, e o menino vai reconhecendo um por um e termina sua lista com um “obrigado, mãe, adorei nossa viagem”. De nada, mas ainda temos quase 12 horas de avião, e dá tempo de explorar os filminhos, gargalhar gostoso com a piada do desenho que já vimos mil vezes, chorar porque tem que tomar remédio amargo, e chorar mais porque não gostou do jantar e não há nada que a mamãe possa fazer. Depois escovam os dentes, se enroscam um no outro e em cima da mãe e do pai e dormem impressionantes sete horas direto, absolutamente tortos, enquanto eu pelejo pra dormir 3 e acordo com dor no corpo, e a cabeça na estrada que ainda temos do Rio até em casa. Chegamos em tempo de almoçar arroz com feijão, (começar a) desfazer as malas, tirar um cochilo com ventilador no pé, e a noite é uma criança...